Eleições 2022, Entre a Vulnerabilidade e o Caos

Antigamente meus ídolos eram celebridades do show business, de Hollywood, grandes pensadores, mas com o passar do tempo foram mudando. Hoje, meus ídolos são pessoas como minha mãe, meu pai, minhas avós, madrinha, tios e tias, primos e primas, minha amada namorada, meus amigos. Pessoas que fizeram ou fazem algo realmente eficaz para o ecossistema onde estamos inseridos. Isso é mobilizar a sociedade!

Com o tempo conseguimos dissociar nosso ego, desejos, anseios, dores e ambições pessoais de um todo.

Amar não significa passar a mão na cabeça do outro, comprar as dores a todo instante, mas sim, discordar e aprender a dialogar com as pessoas e prosseguir com a relação em paz, de forma harmoniosa e respeitosa.

Isso está na Bíblia. Consta na Constituição de cada país. A liberdade de pensamento.

A vida é feita de escolhas. Toda escolha tem uma consequência. Toda escolha tem uma renúncia.

Todos nós somos movidos por desejos e ambições. Na PNL falamos sobre ecologia, que significa: Fazer aquilo que é bom para mim e que não infringe outras partes.

Uma vez realizei um coaching com um amigo que sonhava com um cargo em uma empresa onde ele estava inserido. Esse cargo proporcionaria experiências internacionais extraordinárias que ele jamais conseguiria com o trabalho atual. Quando perguntei à ele: “Isso é ecológico?” para saber se não afetaria suas relações com a esposa ou na educação dos filhos pequenos. O cara desabou no choro. Experiências internacionais eram algo habitual entre as pessoas do seu ecossistema, mas ele não dispunha das condições para acompanhar essas pessoas. Tratava-se de uma atitude impulsiva. Dessa maneira, com muita hipnose e um belo processo de coaching, no momento certo, ele se tornou o representante internacional de uma grande multinacional e sazonalmente se muda para países diferentes com sua esposa e filhos, prosseguindo com aquilo que ama fazer.

Então é sempre bom pensarmos com lucidez em todas as nossas escolhas e, acima de tudo, como nos comunicamos com as pessoas que estão ao nosso redor.

Estamos a uma semana das eleições e nunca imaginei, com mais de 40 anos de idade, me deparar com tantos conflitos e perturbações emocionais nas pessoas, como estamos vendo durante essas eleições.

As pessoas cortam relações por conta das diferenças de opinião, berram e se manifestam das formas mais horrendas possíveis.

Não sei e pouco me importa em quem você vai votar, eu busco uma relação harmoniosa e de crescimento com quem está ao meu redor.

Vejo pessoas que admiro se degladiando nas redes sociais e me pergunto: “quando eles vão parar com essa estúpida discussão e falar realmente de Brasil, da fome, do desemprego, do descontrole emocional evidente em cada cidadão?”

No universo audiovisual, existe algo chamado “funções psicológicas” que a grosso modo, são funções ativadas através de cortes, edições, omissão de uma mensagem completa. Essas funções psicológicas, junto com um storyteling, músicas e demais recursos, nos prendem e nos emocionam, estimulando emoções e extraindo nosso choro, revolta ou felicidade.

Então, antes de evidenciar suas emoções com esses vídeos políticos que estão circulando, busque as fontes reais. Assista os vídeos originais do seu candidato e do oponente dele também. Dessa forma, você terá maior embasamento de discussão e defesa daquilo que escolheu e, além de tudo, entenderá a decisão de um amigo, parente ou familiar que optar pelo outro lado.

Cuide da sua mente, gerencie suas emoções e não se exalte por um ou outro candidato, que nem sabe quem é você na fila do pão!

Por fim, espero ainda em vida, me deparar com Deputados passando pela Rio Branco para exercerem de verdade suas respectivas realidades, afinal, são eles os grandes tomadores de decisão do nosso país e que definem as leis de onde vivemos.

E dos candidatos à presidência, espero apenas que o dinheiro empregado em suas campanhas, seus poderes de persuasão e mobilização em massa, sejam para erguer casas, gerar empregos, mexer nas estruturas, combater a fome de forma prática ao invés de um conjunto de frases feitas da boca pra fora.