Por que nos emocionamos quando assistimos um filme ou ouvimos uma música?
Você já parou para pensar por que nos emocionamos quando assistimos a um filme, ou a um episódio da nossa novela ou série favorita? Por que, ao assistirmos a um filme de terror, por mais previsível e esperado que seja o acontecimento, nos assustamos quando o vilão “pula” na tela gritando com uma motosserra ou qualquer outra arma nas mãos? O porquê de torcemos para que o protagonista não só vença o vilão, mas também tenha um final feliz ao lado da mocinha da história? A resposta para todas essas perguntas e mais algumas outras começam a ser respondidas a partir do entendimento da linguagem audiovisual.
A palavra “linguagem” é um termo amplamente definido que não cabe a apenas uma explicação direta; ela pode ser considerada como um conjunto limitado de signos, também como um conjunto de regras entre os signos, além de um conjunto de técnicas de expressão e ainda como um conjunto de tecnologias de comunicação. Parece complexo, mas juro que não é.
Quando falamos da linguagem audiovisual, não estamos só fazendo uma analogia ao conceito mais amplo de linguagem, mas estamos falando dos elementos usados na construção fílmica. Esses parâmetros se relacionam com um ponto de vista e têm a intenção de fazer o espectador pensar a respeito de um assunto e também construir uma relação emotiva com o conteúdo.
Narrativa
A narrativa corresponde à condução de uma história, à organização dos elementos de linguagem, assim como das ações dos personagens inseridos numa história.
História
Discurso
O autor da uma peça audiovisual escolhe como usar o discurso, e geralmente o faz de duas formas:
Para facilitar o entendimento da história por parte do espectador;
Para demonstrar um ponto de vista ideológico que vai além da história apresentada na tela.
Para que esse conceito fique mais claro, vamos pensar um exemplo prático de análise: “Pinóquio” (1940), o desenho animado da Disney. Nesse filme é fácil percebemos como os mecanismos do discurso funcionam, pois, a moral da história é muito clara e com isso ficam claras também as intenções do discurso.
Se pararmos para analisar a fábula encantada conta a história de um marceneiro italiano chamado Gepeto que construiu um boneco de madeira chamado Pinóquio, recordamos o contexto narrado onde numa noite, Gepeto faz um pedido a uma estrela: Ele pede que o boneco se torne um menino de verdade. Seu pedido é atendido pela Fada Azul que dá vida a Pinóquio, mas com algumas condições. Para que ele se torne um garoto de verdade, precisa provar sua bravura, honestidade e lealdade, virtudes que precisa aprender para se tornar um ser humano. Depois de algumas aventuras, perigos e provações, temos um final feliz em que o personagem se torna uma criança de verdade quando aprende valores que fazem dele uma boa pessoa.
Com a intenção de demonstrar as causas e consequências nas ações feitas pelo personagem, o autor, nesse caso, usou do artificio visual do “nariz crescendo” a cada vez que Pinóquio contava uma mentira.
Nesse caso, a moral e a ética são usadas como parte do discurso fílmico para ensinar às crianças, de forma lúdica, o quão ruim é contar uma mentira e que a honestidade é uma virtude humana que devemos sempre alcançar.
Vai dizer que na infância você nunca checou se o seu nariz havia crescido depois de contar uma mentirinha?
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