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Ozzy Osbourne: o Bruxo que Reinventou a Produção Musical

Atualizado: há 2 dias

Quando falamos, em Ozzy, Osbourne, lembramos daquela imagem excêntrica do "Príncipe das Trevas", com os olhos pintados, crucifixos e um passado repleto de históricas cômicas ou perturbadoras, mesmo.

Mas por trás dessa mente irreverente e daquela imagem pra lá de performática, existe um verdadeiro artista que revolucionou a produção musical, redefinindo como gravamos, mixamos ou percebemos o som.

Ozzy não é apenas mais uma voz do heavy metal, mas sim, um cérebro pensante e criativo que nos presenteou com suas técnicas e conceitos inovadores, que são aplicados no pop, no hip hop, no trap, na música eletrónica, em trilhas sonoras e até mesmo no áudio imersivo, como o Dolby Atmos, por exemplo. Vamos conhecer os principais marcos do Madman?

Textura Sonora

Antes mesmo do conceito moderno de sound design, Ozzy já usava sons ambientais (chuva, trovão, sinos, correntes)como abertura narrativa para músicas, transformando as faixas em experiências quase cinematográficas, onde o ouvinte entra em um ambiente psicológico antes mesmo da música começar. Black Sabbath (1970)

Double Tracking Vocal

Ozzy criou uma assinatura vocal única, nos ensinando gravar duas ou mais versões da mesma melodia vocal, sem precisar fazer "copy-paste". Isso mesmo. Tudo em performances reais, levemente diferentes em ritmo e intensão. E isso criava um som tridimensional, dando a sensação que a voz estivesse flutuando entre os canais L/R, com um ar quase estéreo e hipnótico. Blizzard of Ozz (1980)

Guitarras em Camadas

Com Rhoads, Ozzy trouxe alta definição à guitarra pesada, através de dobragem real de riffs, microfonação múltipla (SM57 + Neumann U87) e distorções combinadas, tudo empilhado como camadas arquitetônicas. Isso criou a sensação de uma “parede de som” pesado, mas com clareza harmônica. Blizzard of Ozz (1980), Diary of a Madman (1981)

Colagens Eletrônicas Híbridas

Aqui, é quando Ozzy se reinventa, mesclando sua voz clássica com camadas de 808s, correções de pitch discretas, baterias eletrônicas, colagens de riffs e samples, numa abordagem pós-trap e pop industrial. Ordinary Man (2020)

Mixagem 3D

Mesmo com mais de 70 anos, Ozzy mergulhou no formato da mixagem imersiva. Seu álbum mais recente foi mixado com tecnologia Dolby Atmos, colocando vocais, solos e efeitos em camadas orbitais, como se flutuassem no espaço. Patient Number 9 (2022)


Ozzy, foi um verdadeito arquiteto da indústria da música, inovando e explorando o fascinantes universo do áudio. A música agradece!

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